A recente catástrofe natural causada pelas enchentes que atingiram as cidades do Rio Grande do Sul trouxe um alerta de crise para as cozinhas dos brasileiros.
O estado é o maior produtor de arroz do país, e o ingrediente básico de nossa alimentação está enfrentando um aumento significativo nos preços, podendo atingir valores alarmantes, semelhantes aos observados no início da pandemia, quando o álcool em gel estava em alta demanda. Controlar os preços nas prateleiras não é uma tarefa simples, mas é crucial encontrar alternativas para equilibrar o valor do produto e evitar uma possível crise generalizada no país.
Segundo Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), não há risco de desabastecimento. Ele assegura que a quantidade de arroz já colhida nesta safra é suficiente para suprir o mercado interno pelos próximos dez meses. No entanto, especialistas alertam para o aumento no preço do grão.
Mas por que o arroz está tão caro? Uma pesquisa realizada pela EPTV revelou que o pacote de 5 kg de arroz varia entre R$ 25 e R$ 38. O aumento médio na última semana foi de 15%. Em entrevista, Rodrigo Canesim, representante da Associação Paulista de Supermercados (APAS) regional, explicou que esse aumento está relacionado às chuvas no Rio Grande do Sul, que dificultaram o transporte do arroz. Algumas rodovias estão intransitáveis, o que impede o escoamento do produto.
“[O preço] será muito influenciado, inclusive pelo clima no Rio Grande do Sul. Na minha opinião, em cerca de 60 dias, acredito que o preço voltará ao normal”, afirmou o representante da APAS.
Embora em alguns estados brasileiros os supermercados tenham limitado a quantidade de arroz por pessoa devido à especulação de escassez, em Ribeirão Preto essa medida ainda não é necessária. Até o momento, nenhum supermercado local está adotando restrições, conforme informado por Canesim.